O empresário Oscar Maroni não cabe em si. Após a decisão judicial que permite a reabertura de sua casa noturna, o Bahamas, hoje com blocos de concreto colocados pela prefeitura de São Paulo que impedem a entrada no bairro de Moema, ele afirma estar "radiante". "Nunca tinha experimentado um orgasmo com a alma, um orgasmo com sabor de Justiça", disse o psicólogo e empresário.
A Justiça de São Paulo decidiu na tarde desta quarta-feira que a prefeitura deve conceder licença para reabrir a casa noturna, na zona sul da cidade, interditada por suspeita de favorecimento à prostituição desde 2007. Por maioria de votos, uma comissão especial do tribunal decidiu favoravelmente a um mandado de segurança movido pelo próprietário, Oscar Maroni, contra a administração de Gilberto Kassab (PSD).
Maroni enumera os desembargadores que decidiram por conceder o documento e reforça: "não foi uma decisão de juizinho de primeira instância!" De acordo com a decisão desta tarde, o certificado de conclusão da obra do Bahamas, conhecido como "habite-se", deve ser concedido à propriedade de Maroni, que poderá reabrir depois de cinco anos fechada. Ele faz planos de reabrir a casa em poucos dias e projeta até futuras parcerias com uma marca de cerveja.
O slogan, para Maroni, está pronto. "Se você não tem uma devassa em casa, venha que aqui ela está bem gelada!". Apesar do alívio, o empresário afirma ter um prejuízo de R$ 80 milhões e planeja processar a prefeitura. A administração municipal afirmou não ter sido notificada da decisão desta tarde.
A casa noturna e o hotel que pertencem a Maroni foram interditados após o acidente com o avião da TAM, em julho de 2007, sob alegação de que estariam na rota dos aviões que utilizam o aeroporto de Congonhas. Polêmico, Maroni sempre creditou o fato a "perseguição política" do prefeito Kassab.