"> Parque do Caparaó no Espírito Santo têm adrenalina e desafios que fazem chegar ao céu

 

Turismo - 21/12/2002 - 09:28:52

 

Parque do Caparaó no Espírito Santo têm adrenalina e desafios que fazem chegar ao céu

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

praticam trekking ou para os que gostariam de apreciar uma das mais belas paisagens do país, o Parque Nacional do Caparaó é uma das melhores opções e pode segura-mente ser incluído entre os mais belos parques naturais do Brasil. O Parque Nacional do Caparaó atrai centenas de visitantes, não só por ocupar uma posição de destaque entre os valores culturais e históricos do país, mas também, por ter se tornado um sinônimo de beleza, com suas magníficas vistas panorâmicas, e superação de desafios para aqueles que gostam de aventuras. O Parque foi criado em 24 de maio de 1961, pelo Decreto Federal nº 50.646, assinado pelo então Presidente da República Jânio Quadros. Se localiza a leste de Minas Gerais e a Sudoeste do Espírito Santo, ocupando parte dos municípios de Espera Feliz e Caparaó, em Minas e, Iúna, Alegre, Dores do Rio Preto e Divino São Lourenço, no Espírito Santo. Possui 26 mil hectares de área. A região possui temperaturas amenas que variam entre 19 e 22ºC de dia, podendo chegar a 8ºC negativos durante a noite, o que torna agasalhos equipamentos obrigatórios para enfrentar o frio noturno que paira sobre o parque. O Parque é coberto pela Mata Atlântica, que garante vegetação bastante variada e exuberante por ser o ecossistema que possui um dos maiores índices de biodiversidade no mundo, e pelos campos de altitude. Quaresmeiras, palmeiras, jequitibás, bromélias e orquídeas são encontradas em profusão – paraíso para biólogos e cientistas. Refúgio de espécies da fauna brasileira sobreviventes da ação predatória do homem, no parque são encontrados saracuras, siriemas, beija-flores, gaviões, papagaios, quatis, caxinguelês e espécies em extinção como o mono-carvoeiro. A rede hidrográfica do parque possui inúmeros rios perenes de pequeno e médio porte. Quedas d’água não faltam. A maior delas, a cachoeira Bonita tem 80 m de queda livre e é um dos locais mais visitados do Parque, pois fica a apenas 350 m da Tronqueira, uma base de apoio para visitantes instalada dentro do parque. A melhor época para se visita-la é durante o verão, pois com as chuvas seu volume d’água aumenta consideravelmente. Pode-se descer em segurança por uma escadaria, que leva à piscina formada pela queda d’água, ou ainda, para os praticantes do rapel, pelo meio da cachoeira, pois sua cascata é composta de dois degraus e possui estrutura favorável à fixação de cordas e grampos. No alto da cachoeira existe um mirante que proporciona uma incrível visão panorâmica dando uma idéia de seu tamanho. Não muito longe da Cachoeira Bonita estão as gigantes piscinas naturais, algumas chegando a 20m de comprimento e de profundidade desconhecida. O local é de fácil acesso e não desgasta os aventureiros. Atualmente existem duas portarias de acesso ao parque: uma pelo lado mineiro e outra recentemente aberta pela lado capixaba. Apesar de 2/3 do parque estar em terras capixabas o acesso por Minas Gerais é o mais antigo. Porém, com a abertura do acesso capixaba, o Caparaó irá revelar sua face desconhecida aos visitantes, com trilhas mais selvagens e inéditas mesmo para os que já são velhos conhecidos do parque. O acesso fica no Município de Dores do Rio Preto, no distrito de Pedra Menina e oferece a mesmo infra-estrutura do lado mineiro. Na nova trilha aberta, o Ibama – órgão que administra o parque – teve a preocupação de transplantar as espécies removíveis, como bromélias e orquídeas que estavam no caminho a ser aberto, ao longo do trilha. A partir da portaria de Pedra Menina, no Espírito Santo, fica o platô da Macieira. Situada ao longo do Rio São Domingos, a 1800 metros de altitude, é cortado pela estrada que dá acesso à casa queimada, à cachoeira do Aurélio e aos picos da Bandeira, do Cristal e do Camilo. Distante cerca de 5 km da macieira em direção aos picos, fica a Casa Queimada, uma área com um lindo visual, a 2160 m de altitude. Lá foram construídas uma área de acampa-mento equipada com sanitários e lava-pratos, além de um posto de guardas. O acesso pode ser feito de carro a partir da sede capixaba do parque restando apenas 3,5 km de caminhada até o Pico da Bandeira. Uma opção mais atrativa para aqueles que não tem fôlego para cobrir os 9 km de caminhada a partir da Tronqueira, no lado mineiro. Encontro com o céu Ponto alto (em todos os sentidos) do Parque Nacional do Caparaó, o Pico da Bandeira atrai montanhistas de todo o Brasil. É o Terceiro mais alto do país, com 2889 m de atura, ficando atrás do Pico da Neblina (3.014 m) e do Pico 31 de março (2.292 m). O Pico recebeu esse nome pois por volta de 1859 D. Pedro II mandou colocar uma bandeira do Império no que se acreditava até então ser o ponto mais alto do Brasil. Essa idéia permaneceu até a época do governo militar, quando foi erguido um cruzeiro e uma torre de sinalização para indicar a montanha mais alta da Serra do Caparaó. A subida parece uma tarefa difícil, mas andando devagar e apreciando a bela paisagem, torna-se muito agradável, só ficando mais puxado, nos dois quilômetros finais. Mas a recompensa pelo esforço vale qualquer sacrifício. A vista que se tem do topo é magnífica, podendo-se avistar as cidades vizinhas do parque e em julho, sem nuvens e com binóculos, pode-se avistar até mesmo o litoral capixaba. De dia leva-se de três a quatro horas para subir ao pico, e a noite a caminhada leva cerca de cinco horas. É aconselhável seguir à noite apenas acompanhado de guias ou pessoas acostumadas à região, pois a trilha fica extremamente confusa no escuro. À noite no topo do pico a temperatura pode chegar a 10º C negativos e somada aos ventos que sopram sem cessar, o frio chega a ser torturante para quem não está bem agasalhado. Para presenciar o magnífico nascer do sol é necessário disposição para começar a caminhada horas antes, e apesar da subida ser desgastante, assistir a esse espetáculo a quase 3 mil metros compensa todo o sacrifício. Se estiver nublado, as nuvens estarão ao seu redor ou abaixo de você e se tem a impressão de que são imensos bolos de algodão flutuando e que é até mesmo possível pegá-los com as mãos. Cuidado ao se locomover nessa hora, uma vez que não se consegue enxergar o chão com nitidez, para não tropeçar ou cair em algum buraco ou pedra. Ao lado do Pico da Bandeira podem ser avistados o Pico do Cristal com 2789 m, e o do calçado, com 2768 m, respectivamente o quinto e oitavos mais altos do país. As trilhas que levam a esses acessos são de difícil acesso e precárias, aconselhando-se novamente, aos mais corajosos somente segui-las com guias. Como chegar O acesso pelo lasdo capixaba do parque é feito através da portaria de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto. Para se chegar lá partindo de Vitória, deve-se pegar a BR-101e seguir até Safra e então pegar a BR 482 passando por Cachoeiro do Itapemirim, seguindo em direção a Minas Gerais até Dores do Rio Preto. Há ônibus saindo de Vitória para Manhumirim de onde se pega outro para Alto Caparaó ou Dores do Rio Preto. Dicas para quem pretende visitar o parque: evitar levar peso em excesso; levar agasalhos e calçados próprios para a prática de montanhismo; Andar sempre acompanhado e seguir somente pelas trilhas para não se perder; Não se locomover com cerração; Se informe sobre as condições climáticas na época de sua visita; Observar e respeitar a sinalização; Não se arrisque à toa. As pedras das cachoeiras e riachos são muito lisas, e no caso de algum acidente o socorro pode demorar a chegar; Não jogar lixo nas trilhas e dependências do Parque; Não de descuidar com cigarros ou outros objetos que possam causar incêndios; Não esquecer a máquina fotográfica.

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