Marcelinho pede Libertadores ao Corinthians

 

Esporte - 03/04/2012 - 20:21:02

 

Marcelinho pede Libertadores ao Corinthians

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Marcelinho Carioca participou de evento beneficente do Corinthians nesta segunda-feira

Marcelinho Carioca participou de evento beneficente do Corinthians nesta segunda-feira

O Corinthians é alvo de gozação de seus rivais por ser o único dos grandes clubes paulistas a não ter conquistado a Copa Libertadores. Enquanto Palmeiras (uma vez), São Paulo e Santos (três vezes cada) já a faturaram, o time do Parque São Jorge coleciona uma série de insucessos na competição e está, neste ano, em sua décima tentativa, a terceira consecutiva.

Embora na primeira fase de 2012 a equipe venha liderando sua chave de maneira invicta, esse assunto sempre inspira desconfianças. Não é diferente com Marcelinho Carioca, que se destacou com a camisa 7 alvinegra na década de 1990 principalmente, não teve sucesso no torneio enquanto jogador e espera pelo fim do jejum agora como torcedor. "É importante que a gente consiga esse título. É a única coisa que falta e que todos ficam gozando a gente", disse.

No momento, o time dirigido por Tite soma oito pontos em quatro jogos disputados e passa a impressão de que atravessará o grupo até o fim na ponta, o que lhe daria vantagem no mata-mata. Se a primeira fase se encerrasse no momento, o Corinthians teria pela frente nas oitavas de final o Vasco, principal concorrente na campanha campeã brasileira do ano passado. Na visão de Marcelinho, eliminado pelo rival Palmeiras nas quartas de 1999 e na semi de 2000, é preferível encarar rivais nacionais o quanto antes.

"Se tiver que ser, que seja logo agora. O Fluminense tem um plantel muito forte, o Internacional também. É fogo. O Vasco igualmente tem uma grande equipe. Mas o Corinthians tem a força de sua torcida, o peso de sua camisa e um time muito qualificado. Pode ser que outra equipe tenha peças de reposição melhores do que a gente, mas espero que possamos estar preparados para quando houver esse confronto", avaliou Marcelinho.

"O Tite está dando oportunidade para quem realmente está melhor. Às vezes a torcida quer determinado jogador, mas dentro do esquema tático dele é melhor outro. Não adianta ter várias estrelas no elenco se não conseguir fazer isso", concluiu o ex-jogador, que recentemente deixou o cargo de gestor de futebol do América-SP, clube rebaixado à 3ª divisão paulista.

Campeonato Mundial de Clubes

Em uma das maiores gafes já vistas, a FIFA (Fédération Internationale de Football Association), no ano de 2000, promoveu um torneio onde convidou diversos clubes para participarem com sua realização no Brasil.

Equipes Convidadas

África
Raja Casablanca (MAR)
Ásia
Al Nassr (KSA)
South Melbourne (AUS)
Europa
Manchester United (ENG)
Real Madrid (ESP)
América Central e do Norte
Necaxa (MEX)
América do Sul
Corinthians (BRA)
Vasco da Gama (BRA)

As equipes convidadas não eram, necessariamente, campeãs dos torneios continentais (caso do Corinthians que nunca venceu um torneio da Libertadores). Tanto que desse torneio totalmente sem medidas e desorganizado, a Fifa só retornou com o campeonato, oficialmente, em 2005. Nesse ano foram os campeões continentais que participaram do campeonato.

Quando a Fifa lançou a Copa do Mundo de Clubes, em 2005, o torneio que o Corinthians participou não figurava da lista e, após reclamações do time brasileiro resolveram colocar na lista a contragosto dos clubes do mundo todo que participaram e ganharam, com merecimento, a Copa Mundial Interclubes.

Arquivo Grupo @HORAA Fifa protagonizou um dos maiores fiascos internacionais com o Torneio de Clubes do Mundo em 2000.

O torneio

Foi o primeiro Campeonato Mundial de Clubes organizado pela FIFA, a autoridade máxima do futebol, que pretendia substituir os antigos torneios intercontinentais, o que, na prática, acabou por ocorrer somente em 2005. Cada confederação continental teve direito a apontar um representante para essa competição. A Fifa ofereceu ainda uma vaga a ser indicada pela CBF, federação nacional do país-sede, que acabou sendo do Corinthians[3] e outra ao Real Madrid, campeão da Copa Intercontinental de 1998,[4] para completar a lista de 8 clubes. Foi o primeiro torneio com participação de equipes de todos os continentes e não apenas da Europa e da América do Sul (Copa Intercontinental CONMEBOL/UEFA) ou de apenas dois representantes também como Copa Interamericana (CONMEBOL)/(CONCACAF), Liga dos Campeões Árabes - Oriente Médio/Norte da África (UAFA) e Campeonato Afro-Asiático de Clubes (CAF)/(AFC) como era feito até então, porém foi o único Campeonato Mundial de Clubes realizado pela FIFA que não contou com todos os atuais campeões continentais da época (Al Nassr participou por ser o vencedor da Supercopa Asiática de 1998, onde derrotou o Pohang Steelers que era o campeão da Copa dos Campeões da Ásia, deixando de fora o atual campeão continental Júbilo Iwata; o clube Vasco da Gama também não era o atual campeão continental, que era o Palmeiras), e também foi o único Campeonato Mundial de Clubes da FIFA que contou com uma fase de grupos, além de ter dois representantes de um mesmo país, o Vasco e o Corinthians que foi o time indicado pela CBF para o Mundial em junho de 1999, como o campeão brasileiro de 1998. A alegação foi de que não haveria como definir o campeão de 1999 a tempo de preparar o sorteio dos grupos.[3] A segunda edição, que estava agendada para 2001 na Espanha, foi adiada para 2003, e em seguida cancelada devido a problemas de parceiros e patrocínios.[5]

Manchester United e Real Madrid reclamaram da elevada quantidade de jogos (quatro para as equipes que avançassem até a final) e da viagem ao Brasil no meio da temporada européia. O Manchester United desistiu de defender o título da Copa da Inglaterra para disputar o Mundial da FIFA, [6] para ajudar a candidatura da Inglaterra, na escolha da FIFA como país-sede da Copa do Mundo de 2006. Segundo o presidente do Manchester na época, o clube não teve alternativa a não ser aceitar a proposta e desistir apenas naquela temporada; disse também que a decisão foi tomada por causa do interesse nacional: a Federação Inglesa de Futebol (FA) acreditava que isso poderia influenciar positivamente a candidatura da Inglaterra como país-sede.[7]Provocando polêmica esta decisão tomada pelo United e influenciada pela FA e governo na Inglaterra, foi muito criticada.[8][9] Os clubes europeus em 2004, também ameaçaram boicotar o Mundial de 2005. Para eles o sistema da Copa Intercontinental era mais vantajoso, pois havia a realização de apenas um jogo.[10]

A disputa se dividiu em duas chaves de quatro equipes: um grupo realizou suas partidas em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, sendo encabeçados pelo paulista Corinthians e pelo carioca Vasco da Gama, respectivamente. O vencedor de cada grupo disputou a final, e os segundos colocados disputaram o 3º lugar. No grupo A, o classificado para a final foi o Corinthians, que venceu o Al Nassr, da Arábia Saudita e o Raja Casablanca, do Marrocos, além de ter um empate em 2 a 2 com o time espanhol Real Madrid. No grupo B, o Vasco foi o melhor, após vencer todos os seus jogos deixando para trás o inglês Manchester United, o Necaxa do México, e o australiano South Melbourne. A final que foi disputada no dia 14 de janeiro de 2000, no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, com um público de 73 mil pessoas. Corinthians e Vasco empataram em 0 a 0, e na disputa por pênaltis o clube paulista venceu por 4 a 3. Foi um fato inédito e único um país ter dois representantes disputando a final do Campeonato Mundial de Clubes, algo que Joseph Blatter, presidente da FIFA, considerou um erro, pois para ele dois clubes do mesmo país não deveriam ter chegado a final.[11]

Controvérsias

Em 2005, a FIFA reconheceu oficialmente a Copa Intercontinental (Copa Europeia/Sul-Americana) como um Mundial de Clubes disputado entre 1960 até 2004, entre os campeões do continente europeu e sul-americano. Na ocasião, o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA ganho pelo Corinthians foi ignorado e colocado à parte, como uma competição que nunca mais seria disputada.[12]. O texto datado de 1 de dezembro de 2005 no site da entidade, lista os vencedores das Copas intercontinentais que segundo a FIFA, eram apenas nomeados como campeões mundiais e fala sobre a tradição do torneio. E cita o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA de 2000 como o inaugural e que seria reiniciado em 2005 com critérios desta vez já estabelecidos.[13] Porém, em 2007 a FIFA voltou atrás e desconsiderou a Copa Intercontinental como competição oficial, passando a considerar o Corinthians como primeiro campeão mundial de clubes da FIFA.[14] Apesar de não reconhecer a Copa Intercontinental como torneio oficial, já que não foi organizada pela mesma, a FIFA não deixa de considerar essa competição como "precursora da Copa do Mundo de Clubes" e seus vencedores como "campeões do mundo"[15][16](Segundo a FIFA, foi um título simbólico de "campeão do mundo" ao se referir a Copa Intercontinental, que não era o legítimo[17], e os clubes eram nomeados com este título honorífico[18]).

Em 2007, Marcelinho Carioca, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, declarou que o campeonato "não valeu como Mundial" pelo fato de não ter sido acompanhada da conquista da Copa Libertadores da América, competição que dá vaga para o Mundial, e que considerava outros títulos mais importantes.[19][20]. Anos depois, exaltou a conquista do Corinthians afirmando que o clube "foi o primeiro campeão mundial de clubes reconhecido pela Fifa."[21].

Em 21 de outubro de 2010, Roberto Carlos, jogador do Real Madrid na época, causou polêmica ao dizer: 'Que para o futebol europeu, não é importante o título do Campeonato Mundial de Clubes realizado em 2000, e sim a Copa Intercontinental', tachando o torneio de 2000 de "Mundialito" e ressaltou que os europeus não estavam levando-o a sério[22], durante uma entrevista para o programa Bola da Vez, da ESPN. Roberto Carlos, que à época desta declaração jogava pelo Corinthians, sofreu pressão da torcida e tentou voltar atrás na primeira declaração - após a repercussão do caso, Roberto Carlos divulgou uma nota oficial dizendo: 'O Corinthians é campeão legítimo do Mundial...'[23].

Andy Cole, atacante do Manchester também na época desmentiu Roberto Carlos, dizendo que a equipe inglesa levou a sério o campeonato, e que inclusive desistira de disputar a Copa da Inglaterra, segundo torneio inglês em importância, para participar da competição em solo brasileiro.[24] Segundo o técnico Alex Ferguson, e nas declarações do presidente do United Martin Edwards e da Federação de Futebol Inglesa (FA) ambas na época, o motivo da desistência do clube da Copa da Inglaterra 1999–2000 para participar do Mundial de Clubes da FIFA de 2000 no Brasil foi motivada politicamente pela FA e o governo para favorecer a candidatura da Inglaterra em sediar a Copa do Mundo de 2006,[25][26] que acabou ocorrendo na Alemanha. Desde então, o United é acusado de não valorizar a Copa da Inglaterra[27]que é a competição mais antiga de futebol no mundo.[28]Na Inglaterra, o Mundial de Clubes de 2000 chega a ser considerado malfadado pela imprensa[29]e a decisão do United de retirar-se da Copa da Inglaterra 1999-2000 provocou polêmica sendo muito criticada.[9][8]

Paulo Garcia, ex-candidato à presidência do Corinthians disse, sobre o campeonato mundial vencido pelo Corinthians em 2000 que "é como entrar na faculdade sem ter feito o vestibular. Por isso, precisamos da Libertadores" (veja o vídeo e leia a matéria completa)

O campeão da Copa Intercontinental (Copa do Mundo de Clubes antes de 2005) no ano de 2000 foi o Boca Juniors que venceu o Real Madrid por 2 x 1 no estádio Olímpico, em Tóquio.

Fica então a pergunta: QUEM É O CAMPEÃO DE 2000? Boca ou Corinthians?

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