Militares desaparecem após incêndio em base da Marinha na Antártida
Da Redação com Abr
Foto(s): Divulgação / Arquivo
Forças Armadas do Chile divulgaram imagem do incêndio que atingiu uma estação brasileira, deixando dois militares desaparecidos
A Marinha do Brasil informou neste sábado que ocorreu um incêndio na casa de máquinas, local onde ficam os geradores de energia, da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na Antártida, por volta das 2h. Os militares responsáveis pela manutenção e operação da estação trabalhavam no combate ao incêndio. Um militar ficou ferido e dois estão desaparecidos.
O militar ferido foi transferido para a estação polonesa de Arctowski para receber os primeiros socorros e, posteriormente, para a base chilena Eduardo Frei, sendo seu quadro de saúde estável. Os 30 pesquisadores, um alpinista que presta apoio às atividades de pesquisa e um representante do Ministério do Meio Ambiente que estavam na estação no momento do acidente, foram transferidos de helicóptero também para a base Eduardo Frei, de onde partirão em aeronave da Força Aérea Argentina para a cidade de Punta Arenas, no Chile.
Permanecem na EACF, além do Grupo-Base, 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. O Navio-Polar Almirante Maximiano partiu de Punta Arenas em direção à estação para prestar o apoio necessário. Dois navios da Marinha da Argentina e dois botes da estação Arctowski estavam nas imediações da base brasileira, apoiando as ações. Além disso, três helicópteros prestavam apoio. Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar as causas do acidente.
A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição uma aeronave, que seguirá para Punta Arenas, para resgatar os militares que continuam no local. Segundo a Marinha, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar as causas do incidente.
Armada chilena divulga foto do incêndio
A Armada de Chile (forças armadas daquele país) divulgou foto do incêndio que atingiu a Estação Antártica Presidente Eduardo Frei, durante a madrugada deste sábado, deixado um militar ferido e dois desaparecidos.
Segundo informações dos militares chilenos, o incêndio consumiu 80% da instalação. O incêndio ocorreu na praça de máquinas, local onde ficam localizados os geradores de energia. Apesar do incêndio ter iniciado durante a madrugada, a Marinha brasileira informou que o fogo ainda não foi controlado.
Assim que as condições meteorológicas melhorarem, uma equipe do grupo-base voltará à estação para avaliar os danos. Quinze militares responsáveis pela manutenção e operação da estação iniciaram o combate ao fogo.
Estão desaparecidos o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos. O sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido, foi transferido, para a Base Eduardo Frei, no Chile, mas não corre risco de vida.
Os 30 pesquisadores, um alpinista que presta apoio às atividades de pesquisa, um representante do Ministério do Meio Ambiente e os 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que estavam na Estação no momento do incidente, juntamente com o militar ferido, foram transferidos para Punta Arenas, no Chile.
Em comunicado divulgado na tarde deste sábado sobre o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, que deixou um militar ferido e dois desaparecidos, durante a madrugada de hoje, o ministro da Defesa, Celso Amorim, manifestou "consternação" e disse que informou a presidente Dilma Rousseff sobre o acidente.
As condições meteorológicas adversas na região onde está situada a Estação Antártica Comandante Ferraz atrapalharam as buscas pelos desaparecidos.
A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 30 anos em janeiro deste ano. A estação brasileira foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, em 1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente por pesquisadores e militares da Marinha do Brasil, podendo acomodar até 58 pessoas. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.
Em nota, Dilma destaca 'heroísmo' de militares em incêndio
A presidente Dilma Rousseff destacou o "heroísmo" dos militares no combate ao incêndio da Estação Antártica Comandante Ferraz, que deixou dois mortos e um ferido na madrugada deste sábado. Segundo o comunicado divulgado pela Presidência da República na noite de hoje, Dilma agradeceu o apoio do presidente do Chile, Sebastián Piñera, e a solidariedade dos governos da Argentina e Polônia.
Segundo informações dos militares chilenos, o fogo consumiu 80% da instalação. O incêndio ocorreu na praça de máquinas, local onde ficam localizados os geradores de energia. As vítimas fatais foram o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos. O sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido, foi levado para o Chile, e não corre risco de vida.
Dilma determinou ao Ministro da Defesa, Celso Amorim, que adotasse as medidas para proteger os cientistas, militares e visitantes que estavam na base.
"A presidenta reafirma a importância do programa de pesquisas desenvolvido na Estação e elogia a abnegação e o desprendimento dos brasileiros que lá trabalham. A presidente manifesta, ainda, a firme disposição do País de reconstruir a Estação Antártica Comandante Ferraz", diz trecho da nota.
A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 30 anos em janeiro deste ano. A estação brasileira foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, em 1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente por pesquisadores e militares da Marinha do Brasil, podendo acomodar até 58 pessoas. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.
Dois militares morreram e um terceiro ficou ferido no incêndio
A Marinha do Brasil procura por desaparecidos na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na Antártica