
Poucos tempo após renegociar a dívida de R$ 30 milhões com o ex-presidente Marcelo Teixeira, o Santos pode entrar em nova rota de colisão com o antigo mandatário. O clube foi notificado pela Receita Federal por apropriação indébita, cobrado em R$ 8,4 milhões pelo não recolhimento de impostos entre 2007 e 2009, e agora estuda processar Teixeira.
"Primeiro vamos analisar se as penalidades estão corretas. Vamos nos defender da autuação junto à própria receita e depois avaliar a responsabilidade do administrador da época (Marcelo Teixeira). Será algo criterioso, sem política", disse o gerente do departamento jurídico do clube, Fábio Gonzalez.
Os impostos estavam orçados inicialmente em cerca de R$ 4 milhões e foram deduzidos dos funcionários, mas não entregues à Receita. Ao valor, foram acrescidos multa e juros.
A alegação de Teixeira, em nota oficial por meio de sua assessoria, é de que o clube estava em "fase de refinanciamento" e que a atual gestão (presidida por Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro) "não deu o devido prosseguimento".
"A versão dele não procede. A questão se limita a saber se os valores foram descontados e pagos, mais nada", rebateu Gonzalez.
Ao fim da nota, o ex-presidente ainda cita a "herança deixada pela administração", garantindo que a atual equipe foi montada em mais de "70% na gestão anterior" e que é a mais valiosa do País.