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Para diminuir o calor do verão, nada melhor do que um suco de laranja geladinho, uma caipirinha ou um mate com limão, certo? Sim, desde que observados alguns cuidados. No auge da estação, consumir ou manusear tais alimentos debaixo do sol aumenta o risco de se desenvolver o que os médicos chamam de fitofotomelanose - manchas escuras na pele causadas pelo contato com o ácido de alimentos cítricos que, mais tarde, só desaparecem com a intervenção médica. Mas o perigo não é só esse. É preciso ter cuidado com cremes, tratamentos químicos e até o uso de hormônios na estação mais quente do ano.
O uso de anticoncepcionais aumenta os riscos de se ter uma pele manchada no verão porque eles forçam o organismo a produzir mais pigmento do que é realmente necessário. ¿Por isso, quem faz uso desses medicamentos deve ter cuidados ainda maiores, usar filtros solares de alta proteção e criar barreiras físicas, com roupas, chapéus e até maquiagem, se for preciso¿, explica a dermatologista Cláudia Magalhães, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia.
Outro fator desencadeante de manchas muito comum durante o verão é a depilação. Sessões de laser estão proibidas para quem vai à praia, ou acabou de voltar. Isso porque, após a exposição solar, o corpo produziu muita melanina e combinado com as agressões sofridas durante o tratamento, o resultado pode não ser muito bom. Quem optar por se depilar com cera, deve ter o cuidado de realizar o procedimento, preferencialmente, 48 horas antes de se expor ao sol. ¿Os poros ficam dilatados depois que os pelos são retirados e a pele fica sensível às queimaduras, propensa a manchas¿, explica Ieda Santos, depiladora do Salão Avant Garde, de São Paulo.
Filtro solar sempre
A questão, como sempre, gira em torno do uso correto do filtro solar. Nem todo mundo reaplica o protetor a cada duas horas ou depois de um mergulho. Além do mais, mesmo quem utiliza, nem sempre passa a quantidade correta. É aí que mora o perigo. ¿Se o volume utilizado for abaixo daquele aconselhado, a proteção será muito menor e vulnerável, pois os cálculos de Fator de Proteção Solar (FPS) são logarítmicos, isto é, ao ser aplicado, por exemplo, um produto de FPS 60 em menor quantidade, o consumidor não terá nem o equivalente a FPS 30, causando queimadura na pele¿, explica Maurício Pupo, professor de Cosmetologia e diretor da Consulfarma.
Agência Hélice
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