Não durou mais do que vinte minutos a reunião, a portas fechadas, entre os líderes partidários da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sobre a situação do deputado Roque Barbieri (PTB). Ficou decidido nesta segunda-feira que caberá à Comissão de Ética da casa investigar o caso. Sem citar nomes, Barbieri afirmou, em entrevista, que constantemente colegas se beneficiam financeiramente da venda de emendas parlamentares.
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O deputado Carlos Giannazi (PSOL) protocolou um pedido de investigação na última sexta-feira. De acordo com o presidente da Alesp, Barros Munhoz (PSDB), a reunião foi chamada para recolher possíveis opiniões ou sugestões do Colégio de Líderes. “A reunião foi rápida porque decidimos seguir o que estabelece o regimento, ou seja, encarregar o assunto à Comissão de Ética”, disse.
Barros Munhoz afirmou que já entrou em contato com o presidente da comissão, Hélio Nishimoto (PSDB), que marcou uma reunião para esta quinta-feira. Nishimoto vai receber a documentação sobre o caso e iniciar uma possível investigação. O prazo para o parecer da comissão, que é composta por nove membros, é de até 60 dias.
Investigações - Carlos Giannazi afirmou após a reunião que todos os líderes estão "perplexos" com a acusação de Barbieri e que as investigações devem acontecer de forma rápida. "A denúncia envolve todos os deputados e coloca em xeque o comportamento legislativo de todos os parlamentares”, afirmou.
Munhoz disse que não entrou em contato com Barbieri após os acontecimentos. O deputado Campos Machado, líder do PTB, não compareceu à reunião.