O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que a retração na produção industrial do país de 0,1% em abril, apontada pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, foi reflexo do mercado interno e da política econômica. Segundo Furlan, “(a retração na indústria] se explica pelo mercado interno e tem muito a ver com a própria política econômica do governo anterior, e do atual governo, no sentido de arrumação da casa”. O ministro disse que espera uma reversão desse quadro. “Espero com ansiedade que o presidente Lula possa, nos próximos meses, anunciar o plano de desenvolvimento e crescimento”. Luiz Fernando Furlan participou da solenidade de entrega do “Brasil Prêmium- Ciclo 2002”, que destaca os produtos brasileiros com desempenho superior no mercado internacional. Na ocasião, foi lançado o Ciclo 2003. O ministro voltou a comentar, os resultados da balança comercial. “O resultado da primeira semana [de junho], segue basica-mente o ritmo dos meses anteriores, indicando possivelmente um superávit ao redor de US$ 2 bilhões ao final do mês, o que daria um crescimento de cerca de US$ 10 bilhões do superávit no ano”, disse. Apesar de otimista, o ministro lembrou que o ritmo deve diminuir no segundo semestre. “Espe-ramos que no segundo semestre o crescimento tenha uma velocidade menor”, observou.
Furlan estima em US$ 6 bilhões média mensal de exportações no segundo semestre
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou que a média mensal das exportações no segundo semestre deve ficar em torno de US$ 6 bilhões, um pouco maior que a média mensal no segundo semestre do ano passado, que ficou em US$ 5,9 bilhões. Ele destacou que o saldo da balança comercial no acumulado de 12 meses deve atingir US$ 20 bilhões em junho e começa a cair, gradativamente, no segundo semestre, em razão do fortalecimento das importações favorecidas pela queda do dólar real (descontada a inflação).
“A taxa de câmbio real, hoje, se aproxima da do ano passado. O nível de hoje, deflacionado, já está mais próximo da metade do ano passado, ao redor de R$ 2,50. A nossa expectativa é de que durante todo o segundo semestre deste ano a taxa real de câmbio seja menor do que a taxa do ano passado. Com isso, as importações podem ter um alento de crescimento e as exportações precisam encontrar caminhos de criatividade e agregação de valor para continuar crescendo”. O ministro participou do lançamento do projeto Designer Excellence Brazil, que visa a promover internacionalmente a marca de produtos e serviços brasileiros, com o objetivo de estimular a exportação nacional.
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