Depois de superar expectativas e apresentar crescimentos expressivos nos meses de março e abril, respectivamente 9,36% e 7,72%, as vendas nos supermercados do Estado de São Paulo registraram em maio recuo de 9,70% (deflacionado pelo índice de preços dos supermercados – IPS/APAS/FIPE).
De acordo com levantamento feito pela APAS – Associação Paulista de Supermercados, na comparação com maio do ano passado, porém, as vendas tiveram aumento de 1,15%, refletindo o crescimento sustentado do setor. Já no acumulado de 2011, houve incremento de 1,98% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tradicionalmente, maio apresenta recuo no índice mensal devido a efeitos sazonais. Em maio de 2010, por exemplo, houve declínio de 1,5% em relação a abril daquele ano. A redução mais acentuada em 2011 decorre da alta base de comparação no mês de abril, que neste ano foi fortemente impactado pela Páscoa.
Já o faturamento nominal dos supermercados do Estado de São Paulo apontou em maio retração de 9,23% em relação a abril deste ano. Na comparação com o mesmo mês em 2010, contudo, houve aumento de 5,82%. No acumulado de 2011, a expansão é de 7,71% em relação a igual período do ano anterior.
Segundo a APAS, diante da expectativa de redução nas pressões sobre os preços, o setor supermercadista deve apresentar, no segundo semestre de 2011, crescimento real superior ao verificado nos cinco primeiros meses do ano.
Alguns indicadores também apontam para a continuidade do crescimento sustentado no faturamento dos supermercados, tendo como referência o crescimento da oferta de emprego e renda. Em maio, a taxa de desemprego foi de 6,7%, contra 7,1% em abril. O rendimento médio em maio atingiu o valor de R$ 1.666,38, superior tanto ao mês de abril de 2011 (R$ 1.654,29) quanto ao de maio de 2010 (R$ 1.636,70).
A evolução dos principais indicadores econômicos que impactam diretamente no faturamento do setor e a expectativa de comportamento mais estável dos preços indicam, na opinião da APAS, um cenário mais favorável para o consumo e as decisões de compra principalmente entre as classes C, D e E, que vêm impulsionando a expansão do segmento nos últimos anos. A APAS estima que o setor apresentará crescimento de cerca de 4,5% em 2011.