Já vai longe o tempo em que apenas os arquivos executáveis (os com terminação .COM e .EXE) eram os únicos que poderiam carregar vírus e infectar o sistema.
Segundo a especialista em segurança Panda, já estamos no que se pode chamar de "a quarta geração de vírus tecnológicos". A empresa soltou recentemente o histórico das terminações usadas nestes arquivos que atrapalham a vida de tanta gente e ainda fazem as empresas gastarem rios de dinheiro.
Na época da primeira geração, aquela citada no começo do texto, as fronteiras que dermacavam onde os vírus podiam hospedar-se eram bem delimitadas - de um lado estava o boot dos discos e, do outro, os executáveis. As outras possibilidades de ataque, quando existiam, eram de tão difícil acesso que a propagação dos vírus não acontecia de forma significativa.
Depois vieram os vírus de macro, que aumentaram consideravelmente o número de arquivos potencialmente perigosos. Mesmo assim, a incidência destes invasores se concentrava principalmente nos formatos Microsoft Office - os primeiros vírus de macro não traziam as extensões .DOC e .DOT? Mas novas espécies com extensões dos restantes das aplicações (.XLS, .MDB e .PPT, entre outros) não tardaram a aparecer, diz a Panda.
Quando a internet se tornou popular, com ela proliferaram os vírus da terceira geração, que usavam a linguagem Visual Basic Script, a .VBS. Quem não se lembra do ILoveYou, a primeira mega-epidemia mundial? Mas neste momento, lembra a Panda, começaram também a pipocar os arquivos com extensões duplas, criadas para confundir o usuário. Alguns exemplos: .TXT.VBS, .JPG.VBS, ou ainda JPG.EXE.
Hoje, a lista de extensões possíveis para os criadores de vírus parece não ter fim, diz a empresa. Os mais usados, conta, são os que remetem a protetores de tela (.SCR) e os que dão acesso direto ao MS-DOS (.PIF).
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