Antes mesmo da cerimônia de posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, o site do Palácio do Planalto (www.presidencia.gov.br) foi reformulado neste sábado. Entre as principais mudanças na página - que apresenta Dilma como "presidenta" da República - está a inclusão de uma sessão com as diretrizes de governo da petista, semelhante à plataforma da campanha eleitoral.
As diretrizes são divididas em 13 tópicos, como "expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente" e "crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais". Outro ponto fala em "dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil".
Dilma também promete "defender o meio ambiente, garantir um desenvolvimento sustentável" e "erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades", promovendo "igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade". "O governo de Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores", diz um dos tópicos.
A presidente também se compromete a "transformar o Brasil em potência científica e tecnológica", "universalizar a Saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS". As últimas quatro promessas são de "prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros"; "valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais e favorecer a democratização da comunicação"; "garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado"; e "defender a soberania nacional", trabalhando "por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo".
Biografia
Outra sessão incluída no site da Presidência é a biografia de Dilma Rousseff. Citando passagens da vida pessoal e da trajetória política da presidente, o texto ignora o casamento da petista com o mineiro Claudio Galeno, colega de militância contra a ditadura militar. A união de Dilma e Galeno durou apenas dois anos, de 1967 a 1969 - ano em que a presidente conheceu seu segundo marido, Carlos Araújo, com quem teve sua única filha, Paula - e não é mencionada na biografia oficial da página do Palácio do Planalto.