Desde o primeiro quilômetro de rodovia, ainda na saída de São Paulo, quem ia para o litoral via um mar de carros. Movimento? Nenhum. Em um trecho em que o motorista leva 20 minutos pra percorrer, de madrugada chegou a 1h30, 2 horas.
Noite de sacrifício que botou à prova a resistência de homens e máquinas. Um motoqueiro que tentou acelerar pelo corredor terminou no chão. Exceção era o alto astral, típico do fim do ano.
Otimismo a parte, o dia amanheceu e os motoristas continuaram parados. A única fila que andava era a dos arrependidos: a que retornava para São Paulo. Nas pistas principais, cada metro avante foi uma conquista.
A viagem da capital paulista até Santos, no litoral, demora cerca de uma hora pela Imigrantes com a pista livre. Só que desse jeito, os motorista chegaram a levar mais de cinco horas, segundo a concessionária que administra a rodovia.
O trânsito só voltou a fluir às nove da manhã. Esse primeiro alívio não foi sinônimo de calmaria. Teve mais acidente. Mais dois motoqueiros feridos. Para quem seguiu em paz, ficou aquela sensação que a ideia de antecipar a descida no final não foi tão exclusiva assim.