Especial Eleições 2010
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, cutucou ontem a sua adversária, a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, ao dizer que nunca assinaria um documento sem o ler. "Não há perigo de eu assinar sem ler. Sou cricri. Sempre escrevi meus textos. Viro madrugada escrevendo e lendo", afirmou ele, em resposta a uma internauta em sua página na rede de microblogs Twitter.
Na semana passada, o PT entregou à Justiça Eleitoral documento aprovado pelo Congresso do partido com medidas polêmicas, como o controle social da mídia e a taxação de grandes fortunas. O texto não correspondia ao programa de governo de Dilma. Mesmo assim, ela rubricou, sem ler, todas as páginas do programa errado.
Na ocasião, Dilma disse que assinar sem ler poderia acontecer "com qualquer pessoa e com qualquer partido".
"Não somos perfeitos, nós erramos. Não me consta que o partido adversário não erre. Até porque, em matéria de erros, acho que eles cometeram muito mais até agora", disse a petista na última quarta-feira.
Centrais
O PSDB rebateu ontem as críticas de centrais sindicais que chamavam Serra de mentiroso no último sábado. O presidente do partido e coordenador da campanha, Sérgio Guerra, disse que "quando as centrais falam de política, elas são evidentemente palanques, aparelhos do PT. É o PT falando", ao chegar no comitê de Serra, na capital paulista, onde se reuniu com a coordenação de campanha.
CUT, Força Sindical, CTB, CGTB e Nova Central argumentam no manifesto - que movimenta discussões em blogs políticos e no Twitter - que Serra tem divulgado de forma indevida em sua campanha ser o criador do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do seguro-desemprego. Além disso, as centrais enumeram posições tomadas pelo candidato do PSDB quando ele era parlamentar que o desqualificariam como "benemérito dos trabalhadores".
Para o presidente do PSDB, o documento elaborado pelas centrais é "parcial" e sem fundamento, mas não surpreende os tucanos.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, cutucou ontem a sua adversária Dilma Rousseff (PT) ao dizer que nunca assinaria um documento sem ler. "Sou cricri", expôs.