Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), entraram em greve à meia-noite da madrugada desta quarta-feira, reinvidicando melhoria salarial e garantia no emprego.
De acordo com Renê Vicente dos Santos, presidente do Sindicato dos trabalhores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), filiado à Central dos Trabalhores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), 80% dos mais de 15 mil funcionários da Sabesp já aderiram à greve.
Nas rodadas de negociação, que vêm acontecendo há cerca de duas semanas, a empresa ofereceu 5,05% de reajuste sob os salários e benefícios, manutenção das cláusulas sociais, pagamento de até uma folha para a PLR 2010 nos mesmos moldes atuais e aumentou para 95% a garantia no emprego.
Porém, a proposta foi rejeitada pelos trabalhadores da Sabesp, que reinvidicam 25,34% de reajuste salarial para repor a inflação acumulada nos anos anteriores, ICV-Dieese de 5,7%, aumento real de 20,1%, PLR com todos os adicionais, distribuição igualitária da PLR e 100% de garantia no emprego.
Outras questões foram reiteradas nas reuniões do Sintaema, como o pagamento do adicional de insalubridade, a isonomia na gratificação de férias, aplicação de 2,28% da folha de pagamento para o Plano de Cargos e Salários e fim do salário regional.
Os trabalhadores da estatal se reúnem nesta quarta-feira, às 14h, em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para discutir o avanço das negociações e, às 15h30, com a Comissão de Políticas Salariais do órgão lesgislativo.
O panfleto distribuído pelos grevistas diz que "A Sabesp não reconhece o valor de seu quadro de funcionários e insiste numa proposta que não corresponde aos anseios da categoria".