Lula cobra redução dos preços da gasolina nas bombas

 

Economia - 30/05/2003 - 15:18:44

 

Lula cobra redução dos preços da gasolina nas bombas

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Segundo o presidente, “não adianta o governo ter boa vontade, se dentro da sociedade existem pessoas que se acham mais espertas que outras para ganhar dinheiro”

Segundo o presidente, “não adianta o governo ter boa vontade, se dentro da sociedade existem pessoas que se acham mais espertas que outras para ganhar dinheiro”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou hoje a redução efetiva dos preços da gasolina nas bombas como conseqüência da queda de 10% nos preços, anunciada em 30 de abril deste ano pela Petrobras. Segundo o presidente, com a redução dos preços pela Petrobras a queda para o consumidor poderia chegar a 5% ou 6%. A única região em que o percentual chegou a 5% foi a Sul. Nas demais, a queda variou de 1,9% (Nordeste) a 4,2% (Centro-Oeste). “Isso não pode acontecer no Brasil e isso demonstra que ainda tem setores que não querem agir com seriedade. (...) Não adianta os produtores serem sérios de reduzir os preços, não adianta o governo ser sério e propor a redução de preço, se você tem, na cadeia, pessoas que acham que são malandras e que portanto podem enganar os outros que ninguém vai perceber”, enfatizou. O presidente determinou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) um rastreamento no preço da gasolina cobrado pelos postos para diagnosticar as razões pelas quais não repassaram a redução para o preço final dos combustíveis e, sobretudo, a postura dos donos de postos após o aumento de 20% para 25% na mistura do álcool com a gasolina. “Quando a gente anuncia a redução do álcool na gasolina, o preço da gasolina aumenta imediatamente na bomba, no dia seguinte. Pode estar com o tanque cheio de gasolina velha que aumenta na hora. Mas, quando a gente anuncia a redução de preços, aí demora meses, e mesmo assim muita gente não baixa. Se vamos aumentar de 20% para 25% o álcool na gasolina, o CADE vai ter de saber porque essa redução não chega no bolso do consumidor”, afirmou. Na opinião do presidente, o governo vai ter que ser duro para cobrar os acordos firmados com o setor produtivo porque, caso isso não seja feito, vai permitir a exploração de brasileiros com baixo poder aquisitivo. “No final, termina pobre enganando pobre. No final termina o pobre explorando o miserável, ou seja, o dono do posto, que não é nenhuma fortuna, explorando um dono de um carro que também não é nenhuma fortuna”, ressaltou Lula. O presidente se encontrou hoje no Palácio do Planalto, pela segunda vez desde que tomou posse, com representantes do setor sucro-alcooleiro. Os usineiros querem mecanismos de financiamento que tornem a produção de álcool competitiva no mercado interno porque, atualmente, a produção do açúcar é mais lucrativa. “Não queremos subsídios. Não queremos auxílio especial. Queremos incentivo para esse setor importante”, disse o presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, Eduardo de Carvalho. Os usineiros endossaram as críticas do presidente aos donos de postos. “Vejo (as críticas) com muita satisfação. Porque em verdade essa é uma pergunta que todos fazemos. Se tive queda no preço do álcool na produção, obviamente temos que esperar a queda no preço final”, afirmou Carvalho. Ele calcula que, com o aumento do percentual do álcool na gasolina, é possível reduzir o preço final do combustível em 2% a 3%. Os representantes do setor deixaram o Palácio do Planalto otimistas com relação ao futuro da produção de cana-de-açúcar no país. “Viemos em fevereiro para levar um pito e tivemos uma lição de civismo. Hoje tivemos uma confirmação dessa surpresa sensacional. Creio que reuniões desta natureza hão de fazer com que o país vá para frente”, disse Carvalho. A audiência serviu também para a doação de R$ 1 milhão ao Programa Fome Zero. O presidente Lula agradeceu o gesto, mas ressaltou que só a criação de novos postos de trabalho poderá ajudar no combate à miséria no país. “Agradeço o cheque, mas quero que vocês gerem mais empregos porque é isso que vai acabar com a fome no Brasil realmente”, enfatizou. Lula também agradeceu aos empresários o cumprimento das metas estabelecidas ao setor durante encontro em fevereiro. Os usineiros se comprometeram a antecipar o abastecimento de álcool e formar um estoque, até 30 de abril, de 600 milhões de litros do produto e, também, adotar medidas que controlassem o preço do álcool na cadeira produtiva. As metas foram cumpridas pelo setor.

Segundo o presidente, “não adianta o governo ter boa vontade, se dentro da sociedade existem pessoas que se acham mais espertas que outras para ganhar dinheiro”

Segundo o presidente, “não adianta o governo ter boa vontade, se dentro da sociedade existem pessoas que se acham mais espertas que outras para ganhar dinheiro”

Segundo o presidente, “não adianta o governo ter boa vontade, se dentro da sociedade existem pessoas que se acham mais espertas que outras para ganhar dinheiro”

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