Serra deixa governo e fala em honra: aqui não se cultivam escândalos

 

Politica - 01/04/2010 - 19:11:41

 

Serra deixa governo e fala em honra: aqui não se cultivam escândalos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), disse durante a cerimônia de despedida do cargo para disputar a Presidência da República, na tarde desta quarta-feira, que o governo deve ter honra e que não pode ser conivente com escândalos. "O governo, como as pessoas, tem que ter honra porque aqui não se cultivam escândalos. Não fraudamos a vontade popular, honramos os paulistas que são gente de todo o Brasil, são o povo brasileiro trabalhando", afirmou em seu discurso.

Serra falou ainda sobre a demora em assumir sua candidatura. Disse que sempre o aconselharam a procurar os "holofotes, a buscar as notícias, mas sou sério". Ele disse que nunca incentivou o "confronto gratuito". "Não entendo assim o jogo político. Ao ódio reagi com serenidade de quem tem são Paulo e o Brasil no coração", afirmou.

O candidato do PSDB fez um balanço de seu governo e disse que não é centralizador, o que gerou risos entre o secretariado estadual presente. "O pessoal de Brasília sorri ironicamente, mas o pessoal de São Paulo sabe que não sou centralizador, sei que é difícil passar essa ideia", afirmou.

"Confio na democracia e na relação entre os poderes, agimos aqui com transparência, não criamos cabides de emprego", afirmou. Serra disse que exerceu seu mandato sem discriminar prefeitos "pela cor de suas camisas partidárias. No meu governo, nunca se olhou a cor dessas camisas, nossos opositores sabem disso".

Sobre a crise econômica global, Serra diz que o governo agiu com rapidez e criou um milhão de empregos nesse período. Ele elogiou seus antecessores, o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, e Mário Covas, morto em 2001. "Recebi de meus antecessores uma herança bendita, um Estado arrumado. Austeridade é cortar despesas e reduzir custos", afirmou.

A solenidade começou às 16h, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Alguns secretários do governo paulista também deixam os cargos para participar do pleito no fim do ano.

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não compareceu. Acompanham a transferência de cargo para o vice-governador, Alberto Goldman (PSDB) personalidades políticas como: o presidente do DEM, Rodrigo Maia, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o senador Álvaro Dias (PSDB), o ex-governador e presidente estadual do PMDB paulista, Orestes Quércia, o ex-ministro das Comunicações de FHC Pimenta da Veiga e o senador Tarso Jereissati.

"Construí meu governo com valores e princípios nestes 39 meses, me orgulho do que fiz, fazemos e faremos", disse Serra sobre a continuidade do governo que será assumido pelo vice Alberto Goldman.

Ele encerrou seu discurso com a frase: "Pelo Brasil, façam-se as grandes coisas, vamos juntos, o Brasil pode mais".

Dos 53 minutos de seu discurso, Serra usou nove para os agradecimentos. Cerca de mil pessoas acompanharam o ato no auditório do Palácio dos Bandeirantes e outras duas mil no lado de fora em telões. Pessoas de diversos bairros da capital e de várias cidades do interior foram ao local. Cerca de 60 ônibus chegaram ao palácio.

Quando terminou o discurso, ele se dirigiu a frente do palácio onde agradeceu a presença de quem esteve do lado de fora.

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