Aumenta a exclusão social no país de acordo com pesquisa

 

Nacional - 23/05/2003 - 13:08:31

 

Aumenta a exclusão social no país de acordo com pesquisa

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Desemprego e violência contribuem para crescimento da desigualdade. O Maranhão lidera lista de Estados em situação mais grave, seguido por Alagoas, Piauí e Pernambuco

Desemprego e violência contribuem para crescimento da desigualdade. O Maranhão lidera lista de Estados em situação mais grave, seguido por Alagoas, Piauí e Pernambuco

Os índices de exclusão social no Brasil aumentaram nos últimos anos, de 1980 a 2000, em comparação ao período anterior, de 1960 a 1980, em função, sobretudo, do desemprego e da violência. Mesmo com índices positivos, as taxas de escolaridade e de alfabetização não foram suficentes para preencher a lacuna deixada pela falta de desenvolvimento econômico no país, conforme dados do segundo volume do Atlas da Exclusão Social no Brasil, que leva o subtítulo de Dinâmica e manifestação territorial, apresentado ontem em São Paulo. A conclusão, segundo o economista Márcio Pochamnn, secretário de Trabalho de Emprego da Prefeitura de São Paulo e um dos organizadores do estudo que foi publicado em livro, é que no primeiro período comparado, de 1960 a 1980, houve redução média da exclusão, enquanto de 1980 a 2000 houve aumento. “No período anterior tínhamos elementos da ‘velha exclusão’, analfabetismo, baixa escolaridade. No mais recente, temos uma melhora nesses elementos mas temos outros, da ‘nova exclusão’, ligados ao desemprego e à violência”, explica Pochmann. Comparando dados dos últimos 40 anos, o estudo chega à conclusão de que a porcentagem de excluídos no Brasil na década de 1960 era de 49,3%, para uma população de 69,7 milhões de habitantes. Em 1980, com 120 milhões de habitantes, o índice de excluídos caiu para 42,6%, para depois voltar a subir, no ano 2000, para 47,3%, com 170 milhões de habitantes. A queda nos últimos 20 anos é conseqüência dos aumentos do desemprego e da violência, elementos característicos da “nova exclusão”. A relação desemprego/pobreza, conforme o Atlas, é feita pelo índice de emprego formal da população em idade ativa (acima de 10 anos): em 1960 era de 9,1%, em 1980, de 21,9%, e em 2000 foi de 20,2%. A violência foi calculada levando em conta o indicador de um assassinato para cada 100 mil habitantes: em 1960 foi de 15,3, em 1980 foi de 11,7 e em 200 de 26,7. “Os índices de aumento de violência estão diretamente ligados à desigualdade social. Nas grandes cidades, onde a desigualdade é mais visível, a violência é maior. É a violência do consumo. Está colocado a ele (o excluído) a impossibilidade de consumo. Isso agravado pela impossibilidade de trabalho”, explicou Marcio Pochmann. O segundo volume do Atlas mostra ainda o índice de exclusão social por Estado. O que apresenta maior exclusão é o Maranhão, seguido por Alagoas, Piauí, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Acre, Pará, Bahia, Tocatins, Amapá, Roraima e Rio Grande do Norte. Conforme o índice, onde há menos exclusão é no Distrito Federal, vindo na seqüência Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso e Rondônia.

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