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Educação com excelência. Esta é a busca constante da Prefeitura de São Bernardo do Campo, através de sua Secretaria de Educação e Cultura. Muitos são os projetos e programas estudados e implantados pela Secretaria para elevar a qualidade de ensino dos quase 80 mil alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos. Nos últimos sete anos o trabalho da Secretaria de Educação e Cultura esteve voltado para a formação contínua dos professores, considerando-a como prioridade na qualidade de educação oferecida aos alunos.
A mais recente iniciativa da Secretaria de Educação e Cultura foi a compra e implementação dos Cadernos Pedagógicos destinados aos alunos do Ensino Fundamental das escolas municipais.
Trata-se de um conjunto de cadernos entregues aos alunos de 1ª a 4ª séries ao longo do ano. Portanto, serão quatro cadernos anuais para cada série. O professor também recebe seu Caderno Pedagógico como um manual de orientação. O objetivo da implantação dos Cadernos é organizar material de suporte educacional a todas as unidades do Ensino Fundamental que contemple as necessidades didáticas, aponte as possibilidades para aprofundamento e integre os diferentes projetos educacionais existentes. Estes Cadernos possibilitam a reflexão sobre as atividades propostas, podendo ser aprimorados bimestralmente com a participação dos educadores e, paulatinamente, responder aos anseios e necessidades dos professores e alunos, integrando os programas educacionais já em andamento, como Educação para a Paz, Educação Ambiental, entre outros.
O material, em forma estruturada, facilita o diálogo entre as diversas áreas do conhecimento e contribui para que o encaminhamento do processo de ensino e de aprendizagem tenha uma direção segura frente a uma proposta consistente que passa por todas as disciplinas.
O investimento neste novo recurso didático foi da ordem de R$ 6 milhões, um gasto necessário para um Município que não vê barreiras para oferecer o melhor à sua população, principalmente às crianças. “Em educação tudo o que se gasta é investimento e não despesa”, afirma o secretário de Educação e Cultura da cidade, Admir Ferro. Segundo ele, para se chegar à compra deste material muito foi estudado: “Desde que começamos a municipalizar o Ensino Fundamental, em 1998 (aliás, a única cidade da região a encarar este desafio) pensávamos em um material estruturado para as nossas crianças, mas não poderia ser simplesmente uma apostila pronta e entregue por uma empresa, tinha que ser algo com a ‘cara’ do nosso trabalho pedagógico. Queríamos ter liberdade para discutir o conteúdo do material, bem como adequá-lo às nossas necessidades e realidade. Procuramos diversas empresas especializadas, mas todo material que nos deparávamos, apesar da qualidade apresentada, possuía um custo alto e conteúdo fechado. Foi então que no final de 2002 conhecemos a proposta da Editora Filosofart, que se diferencia das outras por apresentar um custo mais baixo e propiciar, no decorrer do contrato, mudanças sugeridas pelos técnicos, professores e pais de alunos, através da Secretaria de Educação e Cultura. Nossa finalidade é construirmos juntos um material cuja identidade, a partir de 2004, seja a mesma do nosso currículo, que também está em início de construção e será concluído ao final deste ano. Estou muito confiante. Assim como os Programas que temos implantado, como a Educação Tecnológica, o Laboratório de Informática e a Biblioteca Interativa, acredito que os Cadernos Pedagógicos, como mais um instrumento de trabalho, irão melhorar ainda mais a qualidade do ensino de nossas crianças”, diz.
Elaboração
Os Cadernos foram elaborados dentro dos mais rigorosos critérios de qualidade didático-pedagógica e gráfica. Para tanto, a editora responsável pela confecção foi buscar parcerias junto a autores e editoras com obras avaliadas, consagradas e estreladas pelo MEC. O conteúdo dos Cadernos não prioriza atividades de simples cópia, repetição e discriminação visual. Prioriza atividades nas quais a criança irá refletir sobre o valor das letras e, por meio de um processo de conscientização, passar a fazer as relações de sons e letras, interiorizando aos poucos a escrita convencional.
O material auxilia o professor em sua prática pedagógica cotidiana, procurando aperfeiçoar as maneiras dele comunicar-se com o educando, através de propostas de atividades que estimulem a capacidade de observação, criação e construção dos diferentes conhecimentos.
Um dos pontos primordiais do Caderno é justamente proporcionar uma sistematização de todos os programas já implantados na rede municipal, e ao mesmo tempo trabalhar com temas regionais, como os benefícios da represa Billings, a história da cidade, enfim, o que se refere ao ambiente que o aluno vive. Ainda neste ano os livros didáticos do PNLD - Programa Nacional do Livro Didático do MEC, estão disponibilizados às escolas e cada professor tem utilizado estes dois instrumentos (os Cadernos Pedagógicos e os livros do MEC) para aprimorar suas aulas. Mas o objetivo da Secretaria de Educação e Cultura é, para o ano de 2004, optar pelos paradidáticos do PNLD-MEC (já que são entendidos como mais um recurso de apoio para o professor) e produzir seus próprios Cadernos Pedagógicos. Essa decisão se baseia no artigo 3º da Resolução CD/FNDE n.º 003 de 21 de fevereiro de 2001, que aponta para a possibilidade de repasse em recursos financeiros para que o Município possa comprar os livros que achar melhor ou confeccionar seu próprio material didático, ao invés de adquirir os livros didáticos do MEC.
A opção por um material estruturado tem o objetivo de equacionar problemas que vinham surgindo, como índices de aprendizagens de algumas escolas e dificuldade de utilização dos livros didáticos do MEC por algumas características como: a escola dificilmente é contemplada com a sua primeira opção, tendo que aceitar sua segunda ou terceira opção por três anos; os livros indicados para os 2º, 3º e 4º anos são utilizados por três anos, fato que faz com que não haja a devida apropriação do material pelo alunos; os livros didáticos muitas vezes apresentam aspectos distantes da realidade e projetos desenvolvidos pela Rede Municipal; os livros didáticos se distanciam da realidade do aluno e não possibilitam alterações em seus conteúdos, diferentemente do que acontece com os Cadernos.
Os Cadernos Pedagógicos estão atendendo os 47.817 alunos do Ensino Fundamental, de 71 escolas municipais, e 1.427 professores. “Investimos em nossa maior preocupação: os alunos da rede pública municipal. Temos ciência de que pelo menos 30 prefeituras paulistas já aderiram a este novo recurso(conforme publicado no jornal O Estado de S. Paulo de 16 de abril de 2003), e sabemos também que a experiência vem dando certo, não sem causar polêmica entre educadores e autoridades em educação. Em certa cidade do interior, por exemplo, a Prefeitura empregou apostilas de um determinado Sistema de Ensino e agora, metade das bolsas de estudo oferecidas por quatro escolas particulares da cidade aos melhores alunos é conquistada pelos alunos vindos da rede municipal. Segundo a referida Prefeitura, antes eles não tinham sucesso e muitos nem concorriam (como aponta a matéria do jornal O Estado de S. Paulo). É isso que queremos em São Bernardo. A rede pública tem que dar as mesmas condições para seus alunos que as melhores escolas particulares. Isso é importante para o aluno competir de igual pra igual em todas as etapas de sua vida escolar. Tanto em eventuais concursos a curto prazo, como os de médio prazo como vestibulares para ingressar numa futura faculdade e no mercado de trabalho”, garante o secretário Admir Ferro.
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