Monte Roraima possibilita uma maravilhosa aventura no topo do Brasil

 

Turismo - 16/05/2003 - 13:22:08

 

Monte Roraima possibilita uma maravilhosa aventura no topo do Brasil

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

Duas horas de solavancos a bordo de um velho veículo com tração nas quatro rodas cruzando a Gran Sabana venezuelana em meio ao gigantesco Parque Nacional Canaima e chegamos à aldeia de Paraytepui, morada dos índios pemón. O Monte Roraima está visível no horizonte ao lado do irmão Kukenan, reinando absolutos. Uma visão rara, já que na maior parte do tempo uma névoa grossa os encobre. As dificuldades para chegar a esse lugar remoto e as histórias e lendas que envolvem o monte evocam emoção e adrenalina. Localizado bem perto do Monte Caburaí, ponto extremo do Brasil, o Roraima é uma formação geológica peculiar, conhecida como meseta (um tipo de chapadão). O topo, aplainado, forma um planalto de 17 quilômetros por 6 km, precipitando-se nas beiradas em paredões verticais com mais de 500 metros de altura. Na região, há muitos outros tepuis, como são chamadas as mesetas pelos venezuelanos. Entre elas o Ayuan, famoso por abrigar o Salto Angel, maior cachoeira do mundo, com 979 metros de altura. Cobiçado por exploradores - Desde que foi descoberto pelos europeus, o Roraima tem sido cobiçado por exploradores e cientistas. Em 1595, o inglês sir Walter Raleigh embrenhou-se pela floresta do que viria a ser a Guiana em busca de tesouros e avistou o monte. Em seus relatos, fala de uma montanha inacessível coberta de cristais, o que fez aguçar a imaginação dos europeus, que na época andavam às voltas com a lenda de um Eldorado no Novo Mundo. A partir daí, várias expedições passaram perto do Roraima, mas somente em 1884 o monte foi conquistado pelos ocidentais. O responsável pela façanha foi o botânico inglês Everard Im Thurn, que descobriu uma rota de acesso pelo lado venezuelano. Até hoje, é a única via que dispensa o uso de equipamentos de alpinismo. Por conta disso, a Venezuela é o país que mais lucra com as expedições que vão ao monte, apesar de ele pertencer também ao Brasil e à Guiana. Pelo lado brasileiro, o monte foi conquistado em 1991 por três alpinistas do Clube Alpino Paulista em uma escalada que consumiu cinco dias no paredão. Desde então, ninguém mais utilizou a via. Há um projeto do governo de Roraima de criar um núcleo de turismo no sopé do monte, na região que integra o Parque Nacional do Monte Roraima. O lugar é repleto de cachoeiras e tomado pela Floresta Amazônica, mas é inacessível por terra. História e lendas Considerado um dos lugares mais intocados, mais antigo do planeta, o Monte Roraima, com seus 2.875 metros de altura (5ª. montanha mais alta do Brasil), tem atraído uma gama imensa de pessoas (cientistas, biólo-gos,antropólogos),principalmente por aqueles que buscam fascinantes aventuras, a mergulhar no mundo místico, misterioso e de belas paisagens, um reencontro consigo e com a origem da vida. O primeiro homem a vislumbrar o Monte Roraima foi o inglês Sir Walter Raleigh que, em 1595, em busca de tesouros, embrenhou-se pelas Antilhas e cruzou florestas até as proximidades do Tepuy. De sua expedição, resultou a obra “Montanha de Cristal”. Raleigh chegou a base , mas não conseguiu subir, fato que só ocorreu três séculos depois, 1884, com o botânico inglês Everard Im Thurm e Harry I. Perkins, convertendo-os nos primeiros expedicionários a chegarem ao cume. Os relatos de Im Thurm foram publicados na National Geographic, inspirando o escritor Arthur Conan Doyle, no livro “O Mundo Perdido”, editado em 1912 e que se transformou em filme em 1932. Índios amistosos - Em Paraytepui, quase todos os índios falam espanhol e a comunicação é relativamente fácil. Na aldeia há um posto de fiscalização e informações do Instituto Nacional de Parques (Inparques), entidade governamental que administra os parques nacionais venezuelanos.  No local, solicitamos um guia. Vários pemón rapidamente se prontificaram a passar uma semana no mato, animados com a possibilidade de obterem uma renda extra.  Afora o trabalho como guias, eles vivem da caça e da agricultura de sub-sistência. A terra é pobre e o pouco que produz é às custas de queimadas, que com o tempo acabam por piorar ainda mais a qualidade do solo. Há quem diga que a Gran Sabana, que tem uma aparência semelhante ao cerrado do Centro-Oeste brasileiro, já foi uma floresta. Como chegar: Há vôos diários de SP para Boa Vista, pela Varig (tel. 5091-7000), com escala em Manaus, a R$ 1.488. De lá, há ônibus de linha para Santa Elena de Uyarén, de onde saem as expedições para o Roraima. Em Santa Elena, pode-se também optar por ir por conta própria. No caso, deve-se fretar um veículo 4X4 até Paraytepui, onde começa a trilha. É obrigatório contratar um guia pemón a cerca de US$ 25 por dia. Carregadores cobram o mesmo preço. Informações úteis: Quem vai ao Monte Roraima deve estar consciente de que vai passar pelo menos cinco dias em um lugar selvagem. Toda a estrutura de que vai dispor são os itens que leva na mochila. A caminhada tem trechos que exigem preparo físico e perserverança, principalmente no ataque final ao platô. As chuvas são constantes e mesmo na estação seca é quase impossível não ter de enfrentar pelo menos uma tempestade. Melhor época: de novembro a março, quando chove menos. Para entrar na Venezuela: exige-se passaporte. Vacina: contra febre amarela. Gratuitamente no Aeroporto de Guarulhos (tel. 6445-4434) ou em Congonhas (tel. 241-2373. Equipamentos: uma boa mochila com ajustes de altura para as costas; lanterna – daquelas que prendem na cabeça; bota de caminhada, previamente amaciada; canivete; impermeável (calça e casaco); agasalhos de frio. Coordenadoria de Turismo do Estado de Roraima (Codetur): tel. (0xx95) 623-1230.

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente entre nuvens.

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