Na quinta-feira, 16 de outubro de 2025, o ministro brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniram-se por cerca de 1h15 na Casa Branca, com foco em negociar o tarifaço imposto por Trump e pavimentar o caminho para reunião entre Lula e Trump. |
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Na tarde de 16 de outubro, em Washington, ocorreu um encontro relevante para a política internacional entre os chanceleres do Brasil e dos Estados Unidos, Mauro Vieira e Marco Rubio. A reunião, com duração aproximada de 1h15, iniciou com um encontro privado de cerca de 15 a 20 minutos, seguido por um diálogo ampliado que contou com representantes comerciais e diplomatas de ambos os países. A pauta central foi a discussão do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto unilateralmente pelo governo Trump desde agosto, com o Brasil buscando reverter ou ao menos flexibilizar as penalidades econômicas.
Vieira destacou em declarações posteriores a “conversa muito produtiva” e um clima de “boa química”, ressaltando a disposição dos dois países em trabalhar para uma agenda bilateral que contemple aspectos comerciais e políticos, inclusive temas geopolíticos como situação da Venezuela, China, Ucrânia e o movimento pela desdolarização global, defendido pelo Brasil mas resistido pelos EUA. A reunião foi estruturada com a presença dos principais negociadores brasileiros ligados ao comércio e meio ambiente, demonstrando a prioridade que o Brasil atribuiu ao tema econômico.
Analistas observam que a postura do Brasil é dura, mas ao mesmo tempo construtiva, buscando o equilíbrio entre a firmeza na defesa da soberania e a abertura para diálogo. No lado oposto, setores americanos alinhados a Trump promovem políticas protecionistas que dificultam a aproximação, mas os primeiros sinais do diálogo tendem a indicar um possível desanuviamento das tensões. A expectativa de uma reunião direta entre os presidentes Lula e Trump em breve, possivelmente ainda em outubro na Cúpula da ASEAN, cria um cenário de esperança para a retomada sólida das relações bilaterais.
A reunião realizada na Casa Branca, à porta fechada, marca um momento importante de redução de tensões e início de negociações que podem repercutir positivamente para ambos os países, especialmente no âmbito econômico e estratégico, com o Brasil buscando maior autonomia e diversificação de seus parceiros internacionais. O diálogo consolidado coube ser observado atentamente para avaliar seus desdobramentos no curto prazo.
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A reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump está prevista para ocorrer no próximo domingo, 26 de outubro de 2025, em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A confirmação oficial ainda depende do alinhamento final das agendas dos dois presidentes, mas fontes governamentais de ambos os países indicam que o encontro é esperado e tratado como certo.
Lula destacou que o encontro será "livre, sem assunto proibido" e pretende focar em temas econômicos, especialmente na questão do tarifaço de 50% imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros. O presidente brasileiro também indicou a intenção de apresentar argumentos e números que demonstrem o equívoco das taxações, buscando restabelecer uma relação mais civilizada e de respeito entre os países.
Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise diplomática e comercial provocada pelas tarifas americanas. A expectativa é que o diálogo abra espaço para negociações futuras e a retomada das relações bilaterais em diferentes áreas, apesar de Lula já ter alertado que um acordo imediato pode não sair desse primeiro encontro, demandando negociações técnicas subsequentes.
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(*) Com informações das fontes: Gazeta do Povo, G1, BBC Brasil, CartaCapital, CNN Brasil, Agência Brasil, Poder360.
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