São Paulo se despede neste fim de semana da segunda edição do The Town, que deve atrair 600 mil pessoas ao Autódromo de Interlagos e movimenta toda a cidade. Mais que um festival de música, o evento consolida a capital como centro dos grandes encontros culturais e gera impacto direto na economia, com 25 mil postos de trabalho criados e movimentação financeira estimada em R$ 2 bilhões, segundo o Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris.
A Prefeitura de São Paulo é responsável por garantir a estrutura necessária para que turistas, trabalhadores e moradores possam viver a melhor experiência. Entre as ações, destacam-se os serviços de mobilidade, segurança, acessibilidade, empregabilidade e direitos humanos, mobilizando diversas secretarias para atender ao público de forma integrada.
Do ponto de vista do turismo, a cidade está recebendo visitantes de todas as regiões do Brasil e do exterior, refletindo-se na alta ocupação da rede hoteleira, que superou 71%. Restaurantes, bares, comércio e serviços de transporte também registram forte aumento de movimento.
“Sou professora em Belo Horizonte e aproveitei para vir com meu marido. Conseguimos transporte fácil e ainda passeamos pela Avenida Paulista e pelo Bixiga. São Paulo está bem preparada”, contou Carolina Mendes, 41 anos.
A inclusão também foi prioridade. A Prefeitura estruturou o festival com plataformas elevadas, banheiros adaptados, rotas acessíveis, transporte exclusivo entre os palcos e intérpretes de Libras em pontos estratégicos. Para Takashi Watanabe, 41, professor de música, as ações garantiram autonomia: “Não tenho do que reclamar. Estou curtindo o festival com segurança e liberdade.
” A designer Carla Menezes, 34, que compareceu com a perna quebrada, elogiou as rotas acessíveis: “Consegui me deslocar sem me sentir excluída.”
Os trabalhadores também celebram as oportunidades abertas pelo evento. Por meio do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate), foram disponibilizadas 376 vagas em parceria com empresas contratadas, em áreas como vigilância, controle de acesso, carga e descarga, e asseio e conservação.
“É uma chance de ouro para quem está desempregado. Trabalhar em um festival desse porte valoriza nossa experiência e abre portas para novas contratações”, disse o vigilante Carlos Mendes, 45 anos.
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania também marcou presença, reforçando o “Protocolo Não se Cale” e disponibilizando o Ônibus SP Por Todas, para acolhimento e orientação de mulheres em situação de violência. Além disso, equipes distribuíram materiais informativos e divulgaram serviços de apoio da rede municipal.
Turistas estrangeiros também destacaram a hospitalidade da cidade. “Vim da Argentina especialmente para ver bandas de rock. Estou impressionado com a organização e a recepção”, afirmou o designer gráfico Esteban Rojas, 35 anos. Já a carioca Marina Lopes, 28, destacou a diversidade cultural, que na semana passada assistiu ao jogo da NFL e no dia seguinte foi ao The Town.
Com essa mobilização, São Paulo reforça seu papel como capital dos grandes eventos da América Latina, com capacidade para receber festivais de música, competições esportivas e encontros culturais que atraem visitantes o ano todo.
“É muito especial viver um festival desse porte em São Paulo, com tanta organização e energia. A gente se sente parte de algo maior”, resumiu a paulistana Juliana Ferreira, 27 anos.
